sexta-feira, 3 de julho de 2009

Um gesto de uma "pessoa normal" que se sentiu atingida na honra...

O acto «irreflectido» do ministro da Economia Manuel Pinho foi um gesto de uma «pessoa normal» que se sentiu atingida na honra, afirmou à agência Lusa o advogado José Miguel Júdice.

«Os políticos habituaram-se a dizer uns aos outros tudo o que lhes apetece, e depois no dia seguinte estão todos, se calhar, a rir à gargalhada. Não pode ser. Há coisas que atingem a honra das pessoas e um político tem de aguentar coisas que uma pessoa normal não aguenta», afirmou o advogado.

Toda a situação que levou à demissão de Manuel Pinho, segundo José Miguel Júdice, deve ser encarado como «um sinal» dirigido à «classe política», que «devia perceber que não se pode atacar a honra, a consideração, o bom nome, a seriedade» das pessoas.

«Acho que [Manuel Pinho] foi um excelente ministro, que desempenhou o seu papel com grande determinação em situações muito difícieis, porque evidentemente os quatro anos em termos de investimento foram quatro anos de crise», disse também à Lusa José Miguel Júdice. Diário Digital / Lusa

"Tudo começou no plenário, quando Francisco Louçã usou da palavra para confrontar o primeiro-ministro com a situação nas minas de Aljustrel, onde, disse, "não está um único mineiro a trabalhar". Enquanto Sócrates respondia ao líder do BE que não era verdade, que nas minas já trabalhavam 200 pessoas, o ministro da Economia, sentado na bancada do Governo, em frente aos deputados, usou os dois dedos indicadores para simular dois chifres na testa. JN

"O director-geral das Minas de Aljustrel, Arménio Pacheco, disse à Lusa "não entender como um representante partidário pode dizer no Parlamento que não está ninguém a trabalhar aqui quando isso não é verdade".

Arménio Pacheco não quis pronunciar-se sobre este episódio, mas garantiu que "contrariamente ao que foi dito estão a trabalhar nas minas, neste momento, cerca de 200 pessoas, entre quadros, colaboradores, empreiteiros e empresas de projectos". Visão

0 Caixa do leitor: