segunda-feira, 24 de agosto de 2009

'dois dedos de conversa politica' com o MEP

"O Núcleo de Braga do Movimento Esperança Portugal (MEP) apresentou a lista candidata às eleições legislativas por Braga, tendo como cabeça-de-lista por Braga Jorge Sousa, de 39 anos, casado e com duas filhas. Com as suas raízes em Monção e a viver em Vila Nova de Famalicão, há quase 15 anos, Jorge Sousa é engenheiro na área da Gestão Industrial e a frequentar o Mestrado em Gestão de Operações." Presspoint

O 'dedopolitico' decidiu coloca-lo num cenário parlamentar e fazer o seguinte exercício...

['dedopolitico'] O MEP é um partido que não abdica dos seus princípios, possui a inteligente capacidade de ouvir as ideias diferentes dos outros, e tem capacidade de argumentação?

"Um dos princípios base do MEP é Uma cultura de pontes, que está no manifesto que constituiu o partido, que se centra na “afirmação do diálogo como metodologia e das pontes como objectivo; da tolerância e do diálogo intercultural e inter-religioso, contextualizados pela Declaração Universal dos Direitos do Homem; do respeito pelo Outro; da cultura de negociação para vitórias comuns; do compromisso perante as decisões acordadas; da construção e defesa de contratos sociais de médio-longo prazo que atravessem ciclos políticos e mobilizem os cidadãos”. Posto isto, o MEP estará sempre disponível para ouvir as ideias dos outros e para procurar um consenso, o mais alargado possível, para construir as soluções a implementar. No entanto não deixará de transmitir as suas posições, que se baseiam no que encontra e ouve na sociedade civil, com os argumentos de quem vive os problemas e de quem conhece a realidade. A experiência pessoal e profissional dos vários elementos das listas do MEP trazem esta vivência para a politica, a de quem argumenta pelo seu conhecimento da realidade e pela sua capacidade de escutar e de dar voz aos que vivem os problemas no dia-a-dia. Para construir é necessário que todos participem, desde os políticos à sociedade civil, em que cada um defende os seus princípios, mas que estes não fechem portas nem consigam vitórias com a exclusão de outros."

Se o MEP conseguir eleger um deputado para a assembleia da república, o que ganhariam a politica e os Portugueses com a sua eleição?

[Jorge Sousa-MEP] "Uma voz do MEP no Parlamento será sempre uma expressão de renovação do sistema politico, será sempre uma voz da politica pela positiva concretizada em propostas concretas a partir do Programa Eleitoral do MEP. Os portugueses anseiam por uma nova forma de fazer politica, pela positiva, que acrescente valor, que ajude a construir de forma transparente e solidária para que todos tenham as mesmas oportunidades. O MEP ainda que com pequena expressão numérica, será sempre uma voz da consciência e uma voz livre e fiel à defesa do bem comum. A influencia que o MEP pode exercer na Assembleia da Republica será muito mais importante do que o número de deputados que a personificam, através do trabalho que efectuará na construção de soluções em comum."

Que tipo de politicas (urgentes) implementaria o MEP na sociedade portuguesa caso fizesse parte integrante dum futuro governo?

[Jorge Sousa-MEP] "O objectivo do MEP para estas eleições é eleger um pequeno grupo parlamentar e ser a voz da politica da Esperança no Parlamento. Mesmo fora do Governo, o MEP poderá cumprir um papel importantíssimo, pois é tão importante um bom governo, como uma boa oposição. Na Oposição será uma força de construção. Criticará quando tiver que criticar e elogiará quando for o caso. O MEP irá procurar que as suas prioridades sejam implementadas, através de construção de pontes com todos os outros partidos políticos, porque o seu programa continua a ser válido independentemente do resultado das eleições. Como prioridades o MEP apresenta a necessidade de uma nova Agenda Social, que cumpra o objectivo de “ uma mesa com lugar para todos”, que passe do subsídio para o contrato, da rotina para a inovação social e da dependência para a autonomia. Como exemplo de algumas medidas, o MEP propõe a criação da figura de Consultor para o Emprego, a criação do cheque emprego para os desempregados de longa duração, a revisão do modelo de Rendimento de Inserção Social para Contrato de Inserção Social, o reforço da cobertura dos cuidados paliativos através da rede hospitalar e IPSS e a criação de Centros de Integração de Pessoas com Deficiência que venham a elaborar planos individuais de integração de pessoas com deficiência. Outra prioridade para o MEP é a defesa de politicas públicas ao serviço das famílias, considerando a diversidade de configurações familiares actuais, através de medidas como a alteração do calculo do IRS para considerar o rendimento per capita, assim como o reconhecimento do valor do trabalho não remunerado relacionado com a educação dos filhos e com cuidados prestados a ascendentes ou descendentes a cargo. Em tempo de crise que o país está a atravessar, o MEP chama a atenção para que se assumam medidas com realismo em nome do futuro, como por exemplo a obrigação de aprovação de Orçamentos Plurianuais, para além do Orçamento Anual, ou da necessidade de se garantir um limite máximo para a despesa pública, correspondente ao valor de 2008 indexado à taxa de inflação e de assumir um programa “Poupar é possível” de âmbito nacional com a participação de todos os funcionários públicos assim como dos utentes desses serviços, com o objectivo de criar uma cultura de utilização correcta dos recursos porque é essencial reduzir/cortar os custos/desperdícios."

Concorda com a ideia de que todos os partidos políticos existentes em Portugal deveriam ter pelo menos um representante no Parlamento nacional?

[Jorge Sousa - MEP] "A representação dos partidos políticos é feita através dos votos dos portugueses e é a eles que cabe a escolha de quem querem que os represente. Não devem existir lugares pré-definidos para qualquer partido. Para o MEP, o que é importante, para que a escolha dos portugueses seja mais democrática e transparente, é a igualdade de oportunidades para todos os partidos poderem apresentar os seus programas e as suas ideias. Infelizmente, assiste-se a uma ocultação, em alguma comunicação social, dos partidos que não têm representação parlamentar, e isto foi evidente quando no dia das Eleições para o Parlamento Europeu muitas pessoas não conheciam os partidos que faziam parte do boletim. Quanto ao modelo de eleição deve-se realizar discussões públicas sobre outros modelos que incluam os círculos uninominais para que se encontre uma solução que aproxime os eleitos dos eleitores, para que desta forma a responsabilidade de cada candidato seja mais efectiva."

Será Portugal governável sem uma maioria absoluta?

[Jorge Sousa-MEP] "Portugal já foi, no passado, governado por partidos que ganharam as eleições sem maiorias absolutas, quer do PS quer do PSD. Quer os Governos minoritários quer os governos com maiorias absolutas tiveram bons ministros e maus ministros, tiveram desempenhos fracos com maiorias e sem elas, em ambas as situações as escolhas e as competências não se deveram ao número de deputados que cada partido tinha mas sim às suas ideias e vontades. Para o futuro Portugal precisa é de um bom Governo, composto por pessoas que queiram contribuir para o desenvolvimento equilibrado do país, que queiram servir o bem comum e que saibam escutar as vozes de todos os portugueses. Mas também precisa de uma boa oposição que queira ajudar a construir e é esse o papel que o MEP pretende ter. Nestas eleições o voto dos portugueses é para a escolha dos 230 deputados, não do Governo ou do seus ministros, como tal os portugueses devem votar no partido que melhor representa as suas ideias e vontades."

de: Jorge Sousa

data: 24 de Agosto de 2009
Assunto: 'dois dedos de conversa politica'

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