terça-feira, 1 de setembro de 2009

"Medíocres...para chegar ao topo"

Para que possamos compreender melhor o funcionamento das grandes organizações politicas que nos governam, e os interesses que as regem; a Courrier Internacional deste mês reedita um artigo de leitura obrigatória : "Medíocres... para chegar ao topo", publicado em Julho 2009, pela revista "Der Spiegel".

Através da recolha de alguns testemunhos de dirigentes políticos europeus ficamos a saber o que foi (ou está a ser) a governação de Durão Barroso enquanto Presidente da Comissão Europeia; os interesses que este defende e a 'mando' de quem; e as dificuldades que ele está a passar para ser reeleito já no próximo dia 15 de Setembro.

"Burocratas, como Durão Barrosos, são postos à frente das instituições internacionais por canveniência de Chefes de Estado e Governo"

"Este deixou de ter qualquer autoridade significativa, se é que alguma vez a teve. A questão que se coloca é saber por que motivo os líderes europeus o escolheram? E por que razão troçam agora dele e o deixam cair, como se a sua posição fosse meramente acessória e não um cargo proeminente dentro da UE, uma grande potência económica com aspirações a ser uma potência politica?"

"Estes dirigentes são produtos de uma forma de pensar equilibrada. A sua selecção assenta no principio da mediocridade e eles são incapazes de estar à altura das possibilidades que os seus cargos oferecem. Porém concretizar as potencialidades desses cargos parece ser exactamente aquilo que os países e líderes nacionais que os escolheram não querem que eles façam."

"Na verdade, políticos como Angela Merkel e o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, valorizam a sua superioridade em relação ao Presidente da Comissão Europeia. Se fosse um dos seus pares, um homem como o francês Jacques Delors" a "UE não seria o tipo de organização que os grandes países conseguem controlar em beneficio próprio."

José Manuel Durão Barroso é 'acusado' de não pensar pela sua cabeça e que, há cinco anos atrás, a Comissão Europeia poderia ter optado pelo belga Guy Verhofstadt, um homem com experiência e determinado a não desempenhar um papel secundário.

1 Caixa do leitor:

S disse...

Sou assinante da Courrier e aconselho a todas as pessoas que gostam de estar verdadeiramente informadas que o façam. É uma excelente revista. E este artigo, para mim, foi de facto, um quebrar de algumas ilusões que ainda tinha. Vale mesmo a pena a sua leitura e a sua divulgação. Parabéns!