"O Hospital de Guimarães não tem clínicos suficientes para completar as escalas das urgências pelo que irá reforçar as equipas "requisitando os internos do segundo ano que o hospital está a formar", declarou ao jornal i o director clínico daquela unidade.
"Não estamos em Lisboa, no Porto ou em Coimbra. Não há médicos reformados a que possamos recorrer com facilidade. E os outros hospitais também estão com dificuldades, não nos podem ceder pessoas", refere Dias dos Santos.
Por isso, o responsável optou por requisitar os cerca de 50 internos do segundo ano para se ocuparem da triagem nas urgências.
A ideia não agrada ao bastonário da Ordem dos Médicos.
Pedro Nunes sublinha que os internos só têm autonomia quando completam o segundo ano."
Assim como é lamentável a excessiva influência que os laboratórios farmacêuticos exercem sobre os médicos, também é lamentável a excessiva influência que a Ordem dos Médicos exerce sobre o poder político, não permitindo a abertura de mais Faculdades de Medicina.
Somente num país onde o poder político compactua com o poder absoluto dum lobby, no controlo das vagas de acesso ao ensino superior, é possível que que alunos com notas de 18,5 Valores 'fiquem de fora' dos cursos de medicina.
É urgente, para que possamos obter um serviço nacional de saúde de qualidade e totalmente abrangente, que estudantes, que tenham sofrido desta infâmia, e toda a sociedade civil, que sofra de carências médicas, se insurjam contra este poder (médico/político) instaurado!
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