terça-feira, 24 de novembro de 2009

P.F. chamem um médico!

"O Hospital de Guimarães não tem clínicos suficientes para completar as escalas das urgências pelo que irá reforçar as equipas "requisitando os internos do segundo ano que o hospital está a formar", declarou ao jornal i o director clínico daquela unidade.

"Não estamos em Lisboa, no Porto ou em Coimbra. Não há médicos reformados a que possamos recorrer com facilidade. E os outros hospitais também estão com dificuldades, não nos podem ceder pessoas", refere Dias dos Santos.

Por isso, o responsável optou por requisitar os cerca de 50 internos do segundo ano para se ocuparem da triagem nas urgências.

A ideia não agrada ao bastonário da Ordem dos Médicos.

Pedro Nunes sublinha que os internos só têm autonomia quando completam o segundo ano."

Assim como é lamentável a excessiva influência que os laboratórios farmacêuticos exercem sobre os médicos, também é lamentável a excessiva influência que a Ordem dos Médicos exerce sobre o poder político, não permitindo a abertura de mais Faculdades de Medicina.

Somente num país onde o poder político compactua com o poder absoluto dum lobby, no controlo das vagas de acesso ao ensino superior, é possível que que alunos com notas de 18,5 Valores 'fiquem de fora' dos cursos de medicina.

É urgente, para que possamos obter um serviço nacional de saúde de qualidade e totalmente abrangente, que estudantes, que tenham sofrido desta infâmia, e toda a sociedade civil, que sofra de carências médicas, se insurjam contra este poder (médico/político) instaurado!

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