sábado, 20 de março de 2010

Econegócios: Aonde pára o retorno social?

O projecto «Limpar Portugal» é por certo uma iniciativa meritória que, para além de sensibilizar as populações a ter um meio ambiente melhor, divulga a importância da reciclagem para a qual estão definidas metas nacionais e comunitárias, em matéria de resíduos sólidos urbanos, definidas por um qualquer 'PERSU II'.

No entanto, uma dúvida consome o 'dedopolitico': é não saber ao certo onde se encontram representados, na sociedade portuguesa, os lucros -parques infantis, desportivos, bla!bla!bla!-, referentes aos elevadíssimos ganhos que as empresas de reciclagem usufruem com a operação contínua e diária das colectas, levadas a cabo pelo esforço consciente das populações, na recolha do lixo.

2 Caixa do leitor:

Teresa Fidalgo disse...

Dedo Político,
... Simplesmente... não há!

As tais empresas beneficiam (sozinhas) do esforço de todos...

dedo politico disse...

Teresa,

Assim parece ser, mas infelizmente, não se passa só com as empresas de reciclagem, acontece também (e aí, ainda é mais grave) com as cimenteiras nacionais, que desfiguram completamente a paisagem nacional, emitindo toneladas de pó, prejudiciais á saúde, para as populações vizinhas, sem que estas vejam um único tostão em contrapartidas sociais, pelo seu prejuízo!

Enquanto não vir as associações ambientalistas a combater estes (2) pontos, continuarei a vê-las como uma ‘moda’ de meia dúzia, que as usam como um ‘trampolim’ para chegar ao mundo da política!

Sei também que a responsabilidade destas exigências é exclusivamente das autarquias locais, que devem exigir SEMPRE contrapartidas sociais, quando uma empresa explora o que é de todos!

Em suma considero que uma vez que nada é feito, cabe às associações ambientalistas pressionar as autarquias para que estas exijam das empresas exploradoras do ambiente contrapartidas económicas para a sociedade.

Não sei se existirá algum decreto ou lei que obrigue estas empresas a doar às populações uma percentagem daquilo que rentabilizam com estas explorações, no entanto, uma coisa tenho a certeza: se assim é, tudo isto é negligenciado em desfavor de todos nós!