sábado, 10 de abril de 2010

Um acto discriminatório...

O governo que promove (e bem) em várias áreas da administração central, cinco mil estágios na Função Pública, destinados aos jovens licenciados com idades até aos 35 anos, parece ser o mesmo que 'impossibilita' uma funcionária, com funções de 'tarefeira' á 18 anos num agrupamento escolar, de conseguir obter o vinculo definitivo na função pública. Isto, porque a funcionária (uma entre muitas) não tem conhecimentos académicos para memorizar os 'organogramas' e os decretos que constituem a lei laboral da Função Publica, nem a capacidade intelectual para decorar os nomes de todas as figuras e 'figurantes' do estado, para conseguir 'passar' nos exames escritos que, regulamentados pela administração central, a 'Ordem dos Municípios' a obriga a fazer.

Imaginar que uma profissional de tanto valor, quer no empenhamento profissional como na atitude afectiva na relação de apoio a crianças com dificuldades e deficiência (e existem N deles por este país fora), mesmo que consiga desempenhar as suas funções impecavelmente sem que ninguém lhes possa apontar seja o que for, esteja condicionado a viver indefinidamente na precariedade, devido a uma lei elaborada como se o nosso país fosse o mais letrado do mundo, faz-me ter a certeza que o desfasamento social entre as classes é, e será, cada vez maior neste país.

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