Sim, sei bem que nunca serei alguém.
Sei de sobra que nunca terei uma obra.
Sei, enfim, que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora, enquanto dura esta hora,
este luar, estes ramos,
esta paz em que estamos,
deixem-me crer
o que nunca poderei ser.
[Fernando Pessoa]
0 Caixa do leitor:
Enviar um comentário