domingo, 27 de junho de 2010

Bons exemplos precisam-se!

Os partidos políticos, com deputados eleitos ou com mais de 50 mil votos nas eleições legislativas, recebem 85,3 milhões de euros por ano de financiamento público, de acordo com o estudo elaborado por Manuel Meirinho, docente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), com o título "Os custos da democracia eleitoral portuguesa".


Na última semana foi aprovada legislação, na Assembleia da República, para a redução dos apoios do estado aos partidos mas só para as campanhas eleitorais.

Mas “Na opinião de Meirinho, os partidos "não sabem ou não querem saber" do que falam, quando falam em cortes nas despesas com campanhas eleitorais, com o argumento da redução da despesa do Estado em tempo de crise económica”.

Pois o maior custo para o estado é a subvenção que os partidos recebem anualmente, para financiar a despesa corrente deles.

Porque melhor é possível, todos os partidos poderiam ter dado um excelente contributo para aumentar a confiança na democracia se aprovassem a redução do financiamento dos partidos políticos, “através da redução em 30% do actual valor das subvenções para as campanhas eleitorais, e na redução em 50% do valor actual das subvenções para o funcionamento dos partidos”.

Esta era a proposta que o MEP apresentou em Março de 2009, no programa eleitoral para as legislativas. Espero que em breve os deputados tenham mais coragem para dar o exemplo correcto.

2 Caixa do leitor:

dedo politico disse...

Jorge,

Se percebi, com uma redução de 50% do valor actual das subvenções para o funcionamento dos partidos, o estado pouparia qualquer coisa como 43 milhões de euros por ano? Certo?

Mas pelos vistos, discutir isto não lhes interessa nada! O que lhes interessa (para enganar os povo) é discutir se as subvenções para as campanhas eleitorais (colocar mais um ou menos um cartaz), que na " verdade não terão efeitos orçamentais imediatos.", devem ou não, ser reduzidas.

Assim, para aumentar ainda mais a nossa desconfiança, ficamos com mais uma prova daquilo que verdadeiramente faz mover alguns dos nossos principais partidos nacionais: a Soberba!

dedo politico disse...

Jorge,

Relatiavamente a este assunto, também seria interessante (re)ler esta noticia:

"O ex-dirigente socialista e empresário Henrique Neto considerou que todo o negócio dos submarinos «é escuro» e reforçou as suspeitas que lançou em 2006 de que, por detrás, está financiamento ilegítimo ao PS, PSD e CDS-PP."


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/henrique-neto-ps-submarinos-corrupcao-alemanha/1151540-1730.html