sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Fraternidade

Sou o terceiro filho dum casal que teve sete. Por mais que desejasse, pelas amarguras que a vida me proporcionou e pelas dificuldades económicas a ela associada, não consigo ser apoiante, por não lhes reconhecer qualquer tipo de legitimidade politica para me defender, de partidos como o PS, PSD ou CDS.

Já o meu irmão mais novo é apoiante acérrimo de um destes partidos. A forma, como facilmente assimilou os seus ideais e a convicção com que defende as suas opções politicas, faz-me ter orgulho nele.

Não, por que partilhe  dos mesmos  ideais (como já disse), mas porque sei que, se ele  assim é  hoje, foi porque de alguma forma, com a contribuição do meu trabalho, ele conseguiu, após vários anos de estudo, obter uma licenciatura que lhe garantiu uma vida mais desafogada, que a nossa, e a cima de tudo, porque a nossa família lutou,  em tempos mais aflitivos, para que ele não sofresse das mesmas privações, que nós.

Hoje, e pelo argumento apresentado, não aceitarei nunca que haja 'gentalha' que, com o rancor do seu comportamento retrogrado e 'pidesco', incite ao infortúnio, embarace, ou coloque em perigo o emprego de quem trabalha,  somente, porque de alguma forma ou em alguma altura, discordou do pensamento politico de quem 'mandam', ou dalgum dos seus 'mandatários'!
Mesmo não me identificando com os ideais de muitos,  aceito e aceitarei sempre as opções politicas de todos, desde que não seja para despedir ou maltratar alguém!

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