segunda-feira, 11 de abril de 2011

O estado do país

Não sou nenhum entendido de política mas, cada vez mais me parece, que esse mundo muito restrito é um desporto. Um desporto em que o objectivo é chegar ao poder, sem preocupações com o estado do país.
Os partidos da oposição são isso mesmo: a oposição. Tudo fizeram para acabar com o governo e, finalmente conseguiram, rejeitando o PEC4 que de qualquer forma vai ser implementado, ainda que com medidas ainda austeras.
As filosofias de Francisco Louça, que nunca seriam capazes de ser aplicadas num contexto prático, fazem-me rir, tal como todas as suas declarações, que chegam a roçar no ridículo. Paulo Portas é o político mais desejoso de poder que por aí anda. Quando esteve no governo fez questão de comprar uns submarinos que ainda hoje dão que falar, e não é com certeza por bons motivos.
Passos Coelho poderá ser uma boa alternativa a Sócrates. Mas, pelo que vejo, ainda precisa de crescer mais um bocadinho. Eu, na sociedade actual, com 21 anos, ainda sou visto como um jovem imaturo, que ainda não tem experiência de vida e cujas opiniões e inclinações ainda não estão bem cimentadas. O mesmo se aplica a Passos Coelho enquanto político. Ainda não é um líder firme. Não transmite segurança nem nos esclarece do que pretende para Portugal no futuro.
O Presidente da República é um presidente passivo. Não interfere nem interferiu nesta crise democrática. Não tentou inverter a situação, não serviu de mediador entre os partidos e o governo, e nem sequer se digna a falar sobre o pedido de ajuda externa. Estou desiludido. Cavaco Silva tinha a obrigação de falar aos portugueses!
O Governo actual também não se livra assim das culpas. Esteve lá muito tempo e não pode dizer que a culpa é só dos outros partidos, porque rejeitaram uma proposta. O Sócrates mentiu. Todos os políticos mentem, e ele não foi excepção. Fez promessas que sabia que não podia cumprir e comprometeu-se com projectos que nunca deveriam ter sido levados avante.
Assim, neste Porto-Benfica político, não sei quem será o justo vencedor. Se o “Mentiroso”, se o “Imaturo”…

7 Caixa do leitor:

Teresa Fidalgo disse...

Caríssimo Estudante:

A solução da crise é uma solução económica, como é obvio. E o que me faz rir é V. Ex.ª ter a pretensão de achar que sabe mais de economia do que um economista premiado variadíssimas vezes, que além do seu curso de economia (onde foi o melhor), fez o mestrado (com louvor), o doutoramento (com distinção) e é hoje Professor Catedrático (classificado em 1º lugar).
O que me faz rir é V. Ex.ª não se importar de papaguear o que alguns inventaram para fazer propaganda política, sem saber que o está a fazer, julgando que está a dizer uma verdade absoluta. Pois irreais foram as políticas tomadas durante todos estes anos que nos levaram até à bancarrota…

É por causa de gente que pensa que sabe tudo e que não quer mudar o rumo (até porque não o sabe fazer), que o país está como está. De facto, já dizia Epíteto “É impossível um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe.”. Ou seja, quem pensa que sabe tudo, não evolui…

Teresa Fidalgo disse...

Ah, e outra coisa:
Se parte do princípio que todos os políticos mentem e com isso se resigna... parte de um princípio que só satisfaz o enlameamento, o que não posso de forma nenhuma cumum«ngar...

Não me deixa tranquila alguém que assim pensa... (o engano não pode nunca ser algo que se aceita)

Rita disse...

Caríssima Teresa Fidalgo:

A minha opinião é isso mesmo: a MINHA opinião. Não lhe estou a pedir (nem à senhora nem a ninguém) que a corrobore, apenas que a respeite. Para além disso, não me considero uma pessoa com convicções políticas fixas. Eu voto em pessoas e nos seus projectos, e não em partidos nem ideologias.
E, sem a querer incomodar muito, só lhe queria pedir um favor. Podia perguntar ao “Professor Catedrático”, que parece conhecer tão bem, qual é a solução às medias de austeridade, que ele tão prontamente crítica? É que criticar e ser do contra é fácil, já apresentar soluções é mais difícil.
Por isso, e enquanto, o “Professor Catedrático” só souber criticar, eu vou-me continuar a rir...

Teresa Fidalgo disse...

Estudante:

Tal como manifesta a sua opinião, os outros também a manifestam. Tal como pede respeito por ela, os outros também o pedem. Tal como se ri das opiniões dos outos, os outros também se podem rir das suas.

Quanto às soluções: se estivesse mais atentento e não fosse na cantiga daqueles que repetem à exaustão que não são apresentadas soluções (apenas porque não as querem aplicar por motivos políticos e ideológicos), já teria tido oportunidade de conhecer as muitíssimas soluções que o partido ao qual este Professor Catedrático pertence, e não estava a dizer aquilo que disse. É óbvio que não vou aqui dar-lhe essa informação, mas conselho-o a ler e ver com mais atenção o que este partido propõe.
Existem críticas - concertez, e muitas, mas também são apontadas soluções. Soluções que contrariam as medidas que têm sido tomadas e que nos indicam O caminho para sair do abismo...

Rita disse...

Desculpe Teresa mas não é dessa forma que eu vejo as coisas. Deveria ser do interesse do Professor Catedrático que as pessoas soubessem as suas medidas que propõe. E isso não acontece. Não vejo nenhum meio de divulgação.
Deveria haver um maior esforço para que isso acontecesse. E aí sim, talvez as minhas gargalhadas fossem caladas.

Teresa Fidalgo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Teresa Fidalgo disse...

Sabe, estudante, há um ditado popular que se aplica aqui na perfeição (a minha avó dizia-o sempre a propósito): "A ignorância é muito atrevida!"


(essa treta da pretensa ironia que quer usar, já não é própria para a minha idade)