domingo, 19 de julho de 2009

Portugal totalmente governado pela direita?

Uma análise (elucidativa) sobre a futura governação política do país, após as próximas eleições legislativas, é-nos soberbamente apresentada pelos jornalistas Ângela Silva e Henrique Monteiro, no ‘Expresso’ desta semana.

Imprevisível A maioria absoluta foi-se, PS e PSD estão próximos e governar o país pode ser caótico. Se gosta de cenários, entretenha-se. Em teoria, o primeiro-ministro até pode não sair do partido mais votado.” Expresso, 18 de Julho de 2009

Este artigo apresenta-nos os sete possíveis cenários que cada um dos dois principais partidos ganhadores (PS ou PSD) tem de enfrentar para formar governo.

Analisa as reacções dos partidos em cada cenário; e as consequências que o país sofrerá devido às coligações que o partido vencedor poderá ter de fazer com as restantes forças parlamentares.

O grau de probabilidade de cada cenário, e as condições que cada partido tem para governar, é apresentado mediante uma classificação (elevada, reduzida ou improvável):

1. ‘PS ganha e faz maioria com a esquerda’ - probabilidade Elevada
2. ‘PSD ganha, sem maioria com CDS’ - probabilidade Elevada
3. ‘PSD ganha e faz maioria com CDS’ - prob. Razoavelmente Elevada
4. ‘PS ganha e faz maioria com CDS’ - probabilidade Reduzida
5. ‘PS ganha e PSD faz maioria com CDS - probabilidade Irreal
6. ‘Maioria absoluta PS’ - probabilidade Quase Impossível
7. ‘Maioria absoluta PSD - probabilidade Quase Impossível

Todos estes cenários têm como protagonista Cavaco Silva, que tem a decisão de apresentar convite aos partidos para formar governo, tornando a sua decisão mais ou menos difícil, mediante a conjuntura apresentada (isto, sem nunca esquecer o ‘jogo de cintura’ que terá de fazer para garantir a sua reeleição ás presidenciais).

Porção Mágica

Se á “conveniência de um reforço dos poderes presidenciais(defendida por um ex-mandatário de Cavaco Silva) adicionarmos a opinião (de um ex-ministro das finanças de Cavaco Silva) que “defende um regime com maior pendor presidencialista

E se á vontade (do presidente da confederação da indústria) que defende que por “este regime não ser carne nem peixe” “o presidente da república deve ter uma fortíssima influência no governo”, anexarmos um dos cenários 2, 3, 4, 5 ou 7.

Então, Manuel Alegre terá as mãos calejadas e o 'caldo entornado'; pois a quantidade de cartazes colados por ele poderá não ter sido suficiente para o impedir de ver o sonho de Sá Carneiro concretizado!

0 Caixa do leitor: