quarta-feira, 31 de março de 2010

Um 'fosso' que nunca mais terá fim!

Infelizmente, isto é o que acontece quando o governo, agastado pela crise e pela falta de ideias, decide privatizar parte do capital das Energias de Portugal...

3 Caixa do leitor:

Jorge Sousa disse...

Caro Amigo,
O problema do desinvestimento do estado nas empresas energéticas, através das privatizações, não está relacionado com o negocio da Cabelte.
O negócio da Cabelte com a ex-Qimonda só não avança porque a Cabelte quis se aproveitar da situação para que o estado a financiasse e que assegurasse os seus clientes.
Se a Cabelte pretendesse avançar com o negócio só tinha de chegar a acordo com a Nanium para a instalação da empresa em Vila do Conde e procurar aumentar os seus clientes como todas as empresas fazem.
Investir só com o apoio do estado e sem concursos, é um hábito em regimes ditatoriais ou corruptos.

dedo politico disse...

Jorge Sousa,

O 'dedopolito' quer desde já agradecer o V/ esclarecimento para o exposto, no entanto não deixa de ser 350 postos de trabalho (numa altura que a região norte precisa, como de pão para a boca)que vão por água abaixo!

Se o estado tentou tudo (ou disse que tentou em tempo de eleições, como convém) ajudar a manter os postos de trabalho da Qimonda; por que razão não ajudar esta empresa a criar alguns?

Outra das coisas que custa ao 'dedopolitico' compreender, é, saber por que razão (assim parece estar subentendido) as empresas públicas, quando geridas pelos sucessivos governos, nunca podem dar lucro? Se depois vamos pagar mais e mais e mais aos particulares, aquando das privatizações.

Em suma, o 'dedopolitico' é da opinião que o governo não deve nunca privatizar, mas deve arranjar sempre um mecanismo que possa fortalecer a industria nacional, nem que seja dar prioridade aos nossos, adquirindo aquilo que lhes faz falta nas suas, empresas.



Nota: À excepção da Cabelauto – Cabos para Automóveis, S.A., resultante de uma joint-venture entre o Grupo Cabelte e a japonesa Sumitomo, todas as empresas são detidas a 100% pela família Neiva de Oliveira.

Jorge Sousa disse...

Caro Amigo,

Só algumas notas:
- Afirma que seriam mais 350 postos de trabalho, não sei como chegou a esse nº quando a Cabelte o que pretendia era transferir as suas instalações de Gaia para Vila do Conde, criando alguns postos de trabalho. Concordo que todos os empregos criados são importantes mas não a qualquer preço.

- A ajuda do Estado na Qimonda nunca passou por assegurar clientes à empresa ou compensar prejuízos. Assim como sei que o Estado estava disponível para apoiar a instalação da Cabelte, o que não quis foi interferir na gestão da REN e da EDP, mais ainda numa altura em que todos criticamos a forma como o actual governo tem as utilizado para favores políticos.

- Quanto às privatizações, como bem diz a gestão pública só dá prejuízos e quando se privatiza passam a dar lucro, inclusive ao estado como é o caso da EDP. As privatizações devem ser utilizadas para termos um estado mais eficiente e centrado no que são as suas competências, assegurando o acesso de todos aos bens de 1ª necessidade. E para isso é melhor o papel de regulador do que proprietário.

Por último veja o que fez o estado quando interveio na Itarion.